terça-feira, 25 de junho de 2013

Se me amar



Se me amares
tu terás o mundo
Eu serei o seu mundo
E você do mundo será imperadora

Se me amares
tu terás um reinado
E eu o serei o seu reino
E você minha rainha

Se me amares
Tu terás o mundo aos teus pés
E aos teus pés estarei
Serei seu mundo e seu reino
Autor:Renivaldo de Jesus

terça-feira, 18 de junho de 2013

E AGORA



E agora?
Lhe magoei sem motivo aparente,
Na chagada do amor estive ausente,
Na minha frente não enxerguei um palmo sequer.

E agora?
Descobri que você faz falta,
Deixei em pauta o sussurro do coração,
De recordação só o
perfume de mulher.

E agora?
Quem disse que o homem não chora?
Quando o amor vai embora,
O bruto deixa de ser bruto ao se deparar com a solidão.

E agora?
A fortaleza permanece só por fora,
Por dentro não vejo a hora de encontrá-la novamente.
Quero resgatar o amor poente e lhe pedir pedir perdão

Henrique Neves

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sábado, 1 de junho de 2013

Santa Maria


                                                     Santa Maria

Morri em Santa Maria hoje.

Quem não morreu?

Morri

na Rua dos Andradas, 1925.

Numa ladeira encrespada de fumaça.



A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul.

Nunca uma nuvem foi tão nefasta.



Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia.

Seguirá sozinha, avulsa,

página arrancada de um mapa.



A fumaça corrompeu o céu para sempre.

O azul é cinza,

anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.



As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte

nunca mais será controlada.



Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.

Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.

Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.

Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.


 Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.

Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
 

Morri sufocado de excesso de morte;



como acordar de novo?



O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.

A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
 Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço.



Não vão se lembrar de nada.

Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.

 Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo

da mãe, do pai, dos irmãos.

 Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.

As famílias ainda procuram suas crianças.

As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.



Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu

As palavras perderam o sentido

Fabrício Carpinejar